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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Crises do capitalismo (David Harvey)

Neste vídeo o renomado geógrafo inglês David Harvey apresenta uma explicação super didática sobre as crises do capitalismo, tendo em conta as repercussões da crise financeira mundial de 2008. Vale a pena conferir!

sábado, 16 de junho de 2012

Edição deste ano bate recorde de inscrições, com 6,4 milhões de candidatos


As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012 chegaram a 6.497.466 candidatos, um recorde comparado ao número de inscritos da edição de 2011. Foram 275.769  inscrições a mais. O processo foi encerrado às 23h59 desta sexta-feira, 15 e aberto em 28 de maio. São Paulo (1.068.517), Minas Gerais (723.644), Rio de Janeiro (474.046), Bahia (458.101) e Rio Grande do Sul (394.641) são as unidades da federação com maior número de inscritos.

Feita apenas pela internet, a inscrição será confirmada após o pagamento da taxa de R$ 35, até o dia 20 próximo, por meio de guia de recolhimento da União (GRU) simples. Aluno de escola pública que esteja concluindo o ensino médio e se declarar integrante de família de baixa renda está liberado do pagamento. O pedido de isenção deve ser feito no momento da inscrição, também pela internet.

As provas serão aplicadas em 3 e 4 de novembro, em todas as unidades da Federação, a partir das 13 horas (de Brasília). No primeiro dia, sábado, serão realizadas as provas de ciências humanas e suas tecnologias e ciências da natureza e suas tecnologias, com duração de quatro horas e meia. No domingo, os estudantes terão cinco horas e meia para fazer as de matemática e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias e a redação.

A divulgação do gabarito oficial, como estabelece o edital do exame, está prevista para 7 de novembro. O resultado final estará disponível para os estudantes a partir de 28 de dezembro.

Fonte: Assessoria de Comunicação - Ministério da Educação

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Aula interdisciplinar sobre Racismo 14/06/2012 - Sociologia-Biologia





Continuando a discussão proposta em aula, temos esses dois vídeos sobre o racismo.... Os vídeos foram enviados pelo professor de Sociologia da manhã Márcio Solh.... Aliás, o primeiro vídeo foi, também, uma sugestão de uma aluna da ONGEP na aula de quinta-feira....




Por último, posto este vídeo com a música 1999 da banda de reggae Natiruts, que em suma, relata a importância de um resgate e valorização da cultura do negro no Brasil, como descrito na letra abaixo.




"A cultura e o folclore são meus

Mas os livros foi você quem escreveu
Quem garante que palmares se entregou
Quem garante que Zumbi você matou
Perseguidos sem direitos nem escolas
Como podiam registrar as suas glórias
Nossa memória foi contada por vocês
E é julgada verdadeira como a própria lei
Por isso temos registrados em toda história
Uma mísera parte de nossas vitórias
É por isso que não temos sopa na colher
E sim anjinhos pra dizer que o lado mal é o candomblé
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não
A influência dos homens bons deixou a todos ver
Que omissão total ou não
Deixa os seus valores longe de você
Então despreza a flor zulu
Sonha em ser pop na zona sul
Por favor não entenda assim
Procure o seu valor ou será o seu fim
Por isso corre pelo mundo sem jamais se encontrar
Procura as vias do passado no espelho mas não vê
E apesar de ter criado o toque do agogô
Fica de fora dos cordões do carnaval de salvador
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não".




quinta-feira, 14 de junho de 2012

Direito de resposta Brizola X Globo

Um momento histórico, impressionante.


Vídeo visto na aula de Sociologia do dia 13 de junho - manhã. Profs Val e Solh.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Cotas: uma mudança contextual...



Um depoimento muito emocionante sobre as cotas e a mudança não somente pontual, mas sobre o contexto familiar de cada aluno.
 "Sou cotista na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e gostaria de falar rapidamente sobre a minha história. Na verdade, sobre a história da minha família depois que eu ingressei no ensino superior. Estudei a vida toda na Escola Estadual Barão de Lucena, em Viamão, onde me formei no final de 2007. Meus pais não podiam pagar um curso pré-vestibular para eu me preparar para o próximo ano. Por isso, conversei com amigos, com primos, com ex-professores, tomei alguns livros emprestados e decidi estudar em casa. Graças às cotas, eu passei. Passei no vestibular para Jornalismo em 2009, na minha segunda tentativa."
"Depois que entrei na faculdade, minha cabeça abriu, meu português melhorou e as pessoas ao meu redor são outras. Muitas pessoas que se dizem contra as cotas discutem se eu vou ser um bom profissional, se eu fui jogado para dentro da Universidade para resolver um problema sem solução hoje. Se eu sou a estopa que está tentando tapar um buraco negro. Muitos dizem que eu ter saído da Vila São Tomé, em Viamão, e agora ter acesso a bibliotecas, ter conhecido pessoas que mudaram minha vida, ser voluntário na Central Única das Favelas, estar vivendo em uma realidade jamais pensada pela maioria dos meus vizinhos… vou além: eu ter conhecido a Casa de Cultura Mario Quintana, poder ir ao cinema toda a semana, vivenciar experiências vistas como coisa de burguês onde moro e até conseguir juntar dinheiro para visitar meus amigos na Europa. Tudo isso por causa das cotas, de eu estar dentro da faculdade. Muitos dizem que isso não resolve o problema da nossa sociedade, da educação brasileira, de anos de descaso. Pois bem."
"Muitos dos meus amigos não sabem, mas, até eu prestar vestibular, não tinha computador. Por estar no SPC, minha mãe pediu para nossa vizinha retirar no crediário um micro Compaq. Parcelado em doze vezes. Hoje, três anos e meio depois, escrevo todos os dias e trabalho com redes sociais – realidade que nem passava pela minha cabeça naquele momento."
"Se eu seguisse o rumo dos meus amigos de infância – parceiros do esconde-esconde, do futebol no asfalto – seria cobrador, motoboy, profissões comuns onde moro. Muito dignas, diga-se. Minha mãe sentiria orgulho de mim da mesma forma. Mas, hoje, sinto um brilho diferente. Minha mãe não pensaria duas vezes em se endividar para bancar um cursinho pré-vestibular para o meu primo. Não pensaria duas vezes em abrir mão de um dinheiro juntado com esforço, há muito tempo, para investir em um novo computador para a minha irmã. Não pensaria duas vezes em apostar em mim se eu dissesse que eu cresceria. Ela acredita agora que podemos crescer. Eu pude. Meu primo pode. Minha irmã pode. Por que não?"


Juliano Marchant, aluno cotista da UFRGS, durante #PosTV Cotas nas Universidades Brasileiras, em 29/04/2012

"Meu primo de sete anos está na segunda série do ensino fundamental na mesma Escola Estadual Barão de Lucena. Hoje, olho para ele – ou ele me olha – e sinto, vejo, noto com toda a sinceridade que ele não precisará de cotas para ingressar no ensino superior. Meu primo vê uma nova realidade em sua volta. O “primo grande” dele está na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O primo dele faz Jornalismo. O primo dele vai ter diploma. Tudo isso, por causa das cotas."
"Não é só a minha realidade, portanto. O meu ingresso na faculdade mudou a realidade de no mínimo três pessoas em volta. A medida paliativa, que não é a definitiva, com certeza, através de mim, vai resolver a vida do meu primo, da minha irmã."
"Quatro anos após o começo da discussão no Supremo Tribunal Federal, as cotas foram mantidas – com o aumento para 50% de vagas, ainda. Os magistrados não olharam somente para mim. Olharam principalmente para o meu primo e para a minha irmã, lá na frente."